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ÂNGELA LEÃO EM LIBERDADE CONDICIONAL APÓS CUMPRIR METADE DA PENA NO CASO DAS DÍVIDAS OCULTAS

 

Ângela Dinis Buque Leão, uma das figuras centrais no escândalo das Dívidas Ocultas, foi libertada condicionalmente na tarde desta terça-feira, após ter cumprido metade da pena a que foi condenada. A decisão baseia-se nos termos previstos pela legislação penal moçambicana, que permite o acesso à liberdade condicional após o cumprimento de metade da pena em regime prisional, desde que a reclusa reúna os critérios exigidos.

Ângela Leão foi condenada a 11 anos de prisão maior em 7 de dezembro de 2022, por branqueamento de capitais e associação para delinquir, no âmbito do megaprocesso das Dívidas Ocultas, considerado um dos maiores escândalos financeiros da história de Moçambique. A sua condenação resultou de envolvimento comprovado em esquemas fraudulentos ligados a empréstimos secretos garantidos pelo Estado, sem conhecimento do Parlamento e de parceiros internacionais.

Esposa de Gregório Leão, antigo Diretor-Geral do Serviço de Informações e Segurança do Estado (SISE), Ângela Leão tornou-se uma das protagonistas do julgamento que expôs a teia de corrupção de alto nível envolvendo membros do governo, empresários e instituições financeiras internacionais. Gregório Leão também foi condenado no mesmo processo, mas permanece detido, ainda sem direito à liberdade condicional por não ter atingido o marco legal necessário.

A libertação condicional de Ângela Leão deverá ser acompanhada por medidas de vigilância e restrições, como determina a lei. As autoridades penitenciárias e judiciais não divulgaram detalhes sobre as condições específicas impostas à reclusa, mas espera-se que ela cumpra regras estritas durante o restante tempo de pena.

Este desfecho reacende o debate público sobre justiça, impunidade e a eficácia do sistema penal em lidar com crimes de corrupção de grandes proporções. Parte da opinião pública questiona se a liberdade condicional neste tipo de caso deve seguir os mesmos moldes que outros crimes, dada a magnitude do prejuízo causado ao país.

O caso das Dívidas Ocultas continua a marcar a memória coletiva moçambicana e a ter repercussões a nível nacional e internacional. Enquanto alguns protagonistas já começam a ver a luz da liberdade, as consequências económicas e sociais do escândalo ainda se fazem sentir, com Moçambique a continuar a recuperar da crise gerada pelo rombo financeiro ocultado durante anos.

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