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OITO APOIANTES DE VENÂNCIO MONDLANE RECEBEM PENAS PESADAS POR MORTE DE AGENTE DA PRM

 

 O ambiente político no distrito de Machaze, província de Manica, foi recentemente agitado pela condenação de oito apoiantes de Venâncio Mondlane, figura proeminente da oposição moçambicana. Os indivíduos foram sentenciados a penas que variam entre dois e treze anos de prisão, acusados de envolvimento na morte de um agente da Polícia da República de Moçambique (PRM) durante protestos ocorridos a 28 de fevereiro, no Posto Administrativo de Save.

As detenções foram efetuadas no dia 3 de março, dias após a manifestação, e os condenados foram julgados sob acusações que incluem homicídio e participação em motim. No entanto, o processo tem sido fortemente criticado por familiares, representantes da sociedade civil e observadores políticos, que denunciam irregularidades, falta de provas concretas e motivações políticas por detrás das decisões judiciais.

Devi Maquissen: Condenado Sem Estar Presente?

Entre os condenados está Devi Maquissen, delegado político do partido Podemos em Machaze. Maquissen foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão, sendo apontado como líder da manifestação que terminou em confrontos. Contudo, segundo diversas testemunhas, ele não se encontrava no local dos acontecimentos. A sua detenção ocorreu a cerca de 60 quilómetros de distância da zona onde o agente da PRM perdeu a vida.

Esse detalhe tem levantado dúvidas quanto à justeza da sentença. Familiares e apoiantes sustentam que o julgamento serviu apenas para enfraquecer o movimento opositor na região.

Penas Aplicadas:

Devi Maquissen: 2 anos e 6 meses

Farai Solomone Mariga: 10 anos e 6 meses

Simione Gil Novela: 6 anos e 6 meses + multa

Feniasse Chaia: pena ainda não revelada

Micheque Nhachungue: 13 anos

Samuel Sithole: 11 anos e 6 meses + multa

Zefanias Chitlango: 11 anos e 6 meses

Wilsone Chaia: 13 anos

Indignação Popular e Reação dos Familiares

As condenações geraram uma onda de indignação junto aos familiares, que clamam por justiça e pela libertação dos detidos. Muitos alegam que os acusados foram usados como bodes expiatórios para reprimir a oposição local. “O meu filho nunca participou em manifestações, foi levado por engano e agora cumpre pena por algo que não fez”, desabafou a mãe de um dos condenados.

Organizações de direitos humanos começam a manifestar preocupação, alegando que o caso pode representar um retrocesso no Estado de Direito em Moçambique, onde dissidências políticas muitas vezes enfrentam repressão sob pretextos judiciais.

Silêncio e Espera por Reações

Até ao momento, nem o partido Podemos nem Venâncio Mondlane emitiram comunicados formais sobre o caso. No entanto, espera-se que nas próximas semanas o assunto seja levado a debate em fóruns políticos e sociais, dada a sua gravidade e possível impacto no cenário eleitoral de 2025.

As condenações em Machaze lançam sombras sobre a imparcialidade da justiça moçambicana e reacendem o debate sobre o espaço de atuação da oposição no país. Com acusações de irregularidades no processo e alegações de perseguição política, o caso promete ser um dos temas mais controversos do ano, podendo vir a influenciar o panorama político rumo às eleições gerais.

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