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FRAUDE FISCAL MILIONÁRIA: EMPRESA CHINESA TENTA ENGANAR ESTADO COM DOCUMENTOS DA APIEX

 

Uma tentativa de fraude fiscal de grande escala foi neutralizada pelas Alfândegas no porto de Nacala, envolvendo uma empresa de capitais chineses e o seu despachante aduaneiro. O esquema pretendia isentar o pagamento de mais de 40 milhões de meticais em impostos, utilizando alegações falsas e documentação supostamente emitida pela APIEX – Agência para a Promoção de Investimento e Exportações.

De acordo com a investigação revelada pelo portal “Ngani”, os envolvidos apresentaram uma licença alegando operar na Zona Económica Especial de Nacala, o que, em teoria, permitiria a importação de matéria-prima industrial com isenção fiscal. No entanto, uma fiscalização minuciosa das Alfândegas revelou que a carga, na verdade, era composta por material de construção civil – o que não se enquadra nos critérios para isenção.

Foram identificados 30 camiões com contentores de 40 pés, todos já carregados e prestes a abandonar o porto sem o devido pagamento de tributos. A intervenção rápida das autoridades evitou a evasão e garantiu que os impostos fossem cobrados na totalidade: mais de 40 milhões de meticais.

Fontes próximas do processo apontam que este não é um caso isolado. Há indícios fortes de uma rede organizada de sonegação fiscal a operar na zona norte do país, com ligações entre empresas, agentes aduaneiros e, possivelmente, funcionários públicos. A falta de clareza sobre a origem da licença emitida pela APIEX levanta ainda mais suspeitas: foi obtida legalmente? Houve má-fé nas declarações? Ou trata-se de uma falsificação?

A APIEX, até agora, não se pronunciou oficialmente sobre o caso, nem confirmou a autenticidade do documento apresentado.

As Alfândegas prometeram endurecer os mecanismos de controlo, especialmente no corredor de Nacala, um dos pontos mais estratégicos para o comércio nacional e internacional. O episódio alerta para a fragilidade dos processos de concessão de benefícios fiscais e a necessidade de maior rigor no acompanhamento de empresas beneficiárias.

Este caso reforça o apelo por transparência, responsabilização e reforço institucional para travar os milhões que escorrem pelos esquemas de fraude fiscal — recursos que deveriam ser aplicados em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestruturas.

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