O ambiente no futebol moçambicano aqueceu após declarações polêmicas do presidente da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), Feizal Sidat, que alertou para a possibilidade de exclusão de clubes que não cumpram requisitos administrativos no Moçambola. Entre eles, segundo a Liga Moçambicana de Futebol (LMF), estariam o Textáfrica de Chimoio e o Desportivo da Matola, que correm risco de perder pontos ou descer de divisão caso não regularizem salários e outras obrigações.
A reação do Textáfrica foi imediata. O presidente do clube, Sérgio Pereira, acusou a FMF e, em particular, Feizal Sidat, de perseguição. Pereira afirma ter documentos que provam a quitação de dívidas e pagamento de salários em atraso, negando categoricamente as informações divulgadas.
“É melhor sair do campeonato do que continuar a fazer gastos elevados”, disse Pereira, destacando que manter a equipa no Moçambola custa mais de um milhão de meticais mensais.
Segundo o dirigente, as notícias sobre supostas dívidas prejudicam a imagem do Textáfrica e afastam potenciais patrocinadores. A ameaça de abandono coloca pressão sobre as autoridades desportivas e abre espaço para debates sobre a gestão e transparência no futebol nacional.
A polémica ganhou mais força com a intervenção de Ângelo Gerónimo, antigo jogador do clube, que atacou diretamente Sidat, chamando-o de “autêntico paraquedista” que “não sabe o que está a fazer” e deveria “manter-se calado”.
O impasse expõe um clima de tensão entre clubes e entidades reguladoras, podendo ter impacto direto na continuidade do Textáfrica no Moçambola 2025.
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